Pessoal... olha só que texto lindo que a escola Campo Grande nos enviou para relatar a execução da prova 3 - A história coletiva!
3 – A História coletiva
Entrevista realizada pela professora Imaculada Galvão e alunos, com a Senhora Estefânia Rodrigues Bandeira, Idade 75 anos, moradora mais antiga da comunidade de Laje das Pedras em Guarapari – Espírito Santo.
Dona Estefânia, é uma senhora muito simpática, muito hospitaleira e pronta para dar informações pessoais e da região onde mora. Na iminência de ser entrevistada, fez questão de pentear os cabelos, ajeitou-se e foi logo assentando-se e sorrindo para as fotos. Fez questão de informar que em 2009 foi homenageada pela comunidade local, por ser a pessoa mais idosa de Laje das Pedras.
A Escola Campo Grande foi fundada há 66 anos, no mês de agosto de 1943, junto com a Igreja nossa Sra. Da Conceição.
Antes da fundação da escola, havia uma fazenda de gado, de propriedade do falecido senhor Antonio Pedro. Nesta época, as aulas eram realizadas na sala da sede da fazenda, onde também eram celebradas as missas. Esta situação durou por muito tempo e quando o senhor Antonio viu o interesse da senhora Hildete Aleixo em ensinar a ler e realizar as quatro operações, a nomeou professora e construiu a escola e a igreja.
Segundo Dona Estefânia a escola recebeu o nome de Campo Grande, porque foi construída num local de mato ralo e bem aberto, uma “capoera”, de acordo com suas próprias palavras.
Quando perguntada sobre a existência de alguma lenda na região, ela reclamou sobre minhas palavras, dizendo que eu estava falando difícil e não estava entendendo o que seria essa tal lenda. Então, expliquei, questionando sobre a existência de algum fantasma, ou mesmo estórias tais como o aparecimento de sacis ou bruxas. Ela sorriu e disse ter lembranças de alguns casos afirmando ser a mais pura verdade.
Num dos casos, falou de um moinho de farinha que havia embaixo da casa dela e que nenhuma pessoa podia permanecer por lá ao anoitecer, porque caso o fizesse, certamente ao olhar para traz, veria um homem de farinha seca e olhando em redor, veria também várias pessoas totalmente brancas de farinha. Dona Estefânia afirma que muita gente na região já viveu este medo, inclusive ela, e que nunca mais quiseram repetir a experiência. Quando isso acontecia, as pessoas se assombravam e com o susto acabavam desmaiando ou eram atacadas por várias pessoas de branco. De acordo com dona Estefânia, várias pessoas já viram esses fantasmas, inclusive ela.
Outro caso, destaca Carlinhos, 50 anos, filho de Dona Estefânia, dava conta de que havia na região o que certamente era a assombração de um tatu: no local, a exemplo de várias localidades, o tatu era uma caça muito apreciada. Várias vezes, ao voltar para casa em altas horas da noite, as pessoas viam um tatu e eram levadas a caçá-lo. O mais interessante era que ninguém conseguia aprisionar bicho, que por muitas vezes conseguiu enganar até mesmo os grupos de caçadores montados especialmente para capturar o “tatu assombração”. Quando a caça era bem sucedida, certamente se tratava de um animal comum, porque o outro era muito esperto para se deixar levar. Até hoje, Carlinhos não tem certeza se é lenda ou verdade.
Do alto de seus 75 anos e com toda sua sabedoria acumulada, Dona Estefânia reclama que os tempos andam mudados: disse que antigamente as pessoas eram muito mais unidas e que os irmãos ajudavam um aos outros e também as famílias se ajudavam. Em fim, as pessoas eram muito mais unidas e não havia fofocas com o intuito de prejudicar os outros deliberadamente. Antigamente, pondera dona Estefânia, “as crianças estudavam pouco e sabiam mais; hoje as crianças estudam muito e não sabem nada”.
Para terminar a entrevista, Dona Estefânia fez questão de fazer uma pergunta:
O porquê de tanta maldade e desunião nas famílias?
Respondi a ela, que precisamos pregar o amor, a união e a paz, que existe um Deus para toda humanidade e, que não devemos obrigar as pessoas a acreditar naquilo em que acreditamos; cada um deve ter o seu livre arbítrio.
Dona Estefânia, é uma senhora muito simpática, muito hospitaleira e pronta para dar informações pessoais e da região onde mora. Na iminência de ser entrevistada, fez questão de pentear os cabelos, ajeitou-se e foi logo assentando-se e sorrindo para as fotos. Fez questão de informar que em 2009 foi homenageada pela comunidade local, por ser a pessoa mais idosa de Laje das Pedras.
A Escola Campo Grande foi fundada há 66 anos, no mês de agosto de 1943, junto com a Igreja nossa Sra. Da Conceição.
Antes da fundação da escola, havia uma fazenda de gado, de propriedade do falecido senhor Antonio Pedro. Nesta época, as aulas eram realizadas na sala da sede da fazenda, onde também eram celebradas as missas. Esta situação durou por muito tempo e quando o senhor Antonio viu o interesse da senhora Hildete Aleixo em ensinar a ler e realizar as quatro operações, a nomeou professora e construiu a escola e a igreja.
Segundo Dona Estefânia a escola recebeu o nome de Campo Grande, porque foi construída num local de mato ralo e bem aberto, uma “capoera”, de acordo com suas próprias palavras.
Quando perguntada sobre a existência de alguma lenda na região, ela reclamou sobre minhas palavras, dizendo que eu estava falando difícil e não estava entendendo o que seria essa tal lenda. Então, expliquei, questionando sobre a existência de algum fantasma, ou mesmo estórias tais como o aparecimento de sacis ou bruxas. Ela sorriu e disse ter lembranças de alguns casos afirmando ser a mais pura verdade.
Num dos casos, falou de um moinho de farinha que havia embaixo da casa dela e que nenhuma pessoa podia permanecer por lá ao anoitecer, porque caso o fizesse, certamente ao olhar para traz, veria um homem de farinha seca e olhando em redor, veria também várias pessoas totalmente brancas de farinha. Dona Estefânia afirma que muita gente na região já viveu este medo, inclusive ela, e que nunca mais quiseram repetir a experiência. Quando isso acontecia, as pessoas se assombravam e com o susto acabavam desmaiando ou eram atacadas por várias pessoas de branco. De acordo com dona Estefânia, várias pessoas já viram esses fantasmas, inclusive ela.
Outro caso, destaca Carlinhos, 50 anos, filho de Dona Estefânia, dava conta de que havia na região o que certamente era a assombração de um tatu: no local, a exemplo de várias localidades, o tatu era uma caça muito apreciada. Várias vezes, ao voltar para casa em altas horas da noite, as pessoas viam um tatu e eram levadas a caçá-lo. O mais interessante era que ninguém conseguia aprisionar bicho, que por muitas vezes conseguiu enganar até mesmo os grupos de caçadores montados especialmente para capturar o “tatu assombração”. Quando a caça era bem sucedida, certamente se tratava de um animal comum, porque o outro era muito esperto para se deixar levar. Até hoje, Carlinhos não tem certeza se é lenda ou verdade.
Do alto de seus 75 anos e com toda sua sabedoria acumulada, Dona Estefânia reclama que os tempos andam mudados: disse que antigamente as pessoas eram muito mais unidas e que os irmãos ajudavam um aos outros e também as famílias se ajudavam. Em fim, as pessoas eram muito mais unidas e não havia fofocas com o intuito de prejudicar os outros deliberadamente. Antigamente, pondera dona Estefânia, “as crianças estudavam pouco e sabiam mais; hoje as crianças estudam muito e não sabem nada”.
Para terminar a entrevista, Dona Estefânia fez questão de fazer uma pergunta:
O porquê de tanta maldade e desunião nas famílias?
Respondi a ela, que precisamos pregar o amor, a união e a paz, que existe um Deus para toda humanidade e, que não devemos obrigar as pessoas a acreditar naquilo em que acreditamos; cada um deve ter o seu livre arbítrio.
Um comentário:
Parabéns aos trabalhos realizados, as pesquisas históricas setão surpreendentes. Pelo jeito as escolas estão bem animadas.
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