terça-feira, 3 de novembro de 2009

PROVAS 3 e 4 da escola Francisco Araújo

PROVA 3 – A HISTÓRIA COLETIVA

Na prova da história coletiva, contamos com o trabalho dos alunos das oitavas séries e do Grêmio Estudantil, sob a coordenação da professora Aldileia, que os orientou num processo de pesquisa e resgate da história do bairro Perocão e da escola Francisco Araújo.

Ressalto que essa atividade veio casar com um momento que estávamos vivendo, pois com o processo de construção de nosso primeiro Jornal, os alunos da escola, já estavam nesse processo de pesquisa, facilitando assim, toda nossa ação.

Os alunos envolvidos nessa pesquisa foram divididos em grupos, onde cada grupo ficou responsável por um determinado sub tema, sendo eles:

O porquê de o bairro receber o nome de Perocão; o processo de evolução populacional do bairro; a atividade econômica da região; Nomes que marcaram a evolução da localidade e a história da construção da escola Francisco Araújo e quem foi Francisco Araújo.

Resgate da história do bairro perocão e de seus moradores:

O bairro Perocão originou-se de uma aldeia de pescadores e esta situada as margens da rodovia do Sol, a 8 km do centro de Guarapari e a 50 km de vitória.
Segundo dados fornecidos pelo Centro de controle de zoonoses de Guarapari, dizem que Perocão possui 437 residências, 59 comícios, 13 quarteirões, 953 habitantes.

Há várias histórias sobre a origem do nome Perocão, dentre elas há que mais se destaca é a de um pirata chamado Pero, o cão, usava a enseada formada na foz do rio Perocão para esconder/ancorar seu navio. Outra história também bastante difundida entre os moradores mais antigos do bairro é de que Jesuítas que estavam de passagem pelo local, sentaram-se para comer frutas e deram peras aos cãezinhos que estavam por ali, e daí o nome sugestivo se deve ao fato de darem “Pêra ao cão”.

Segundo D. Elza Araújo, filha de um dos primeiros moradores do bairro, o Sr Francisco Araújo, relata que na época de seu pai, havia cerca de oito residências, aonde posteriormente chegaram para habitar a região as famílias Reis, Duarte e Lopes. O crescimento da população se deu a partir do casamento dos filhos dessas famílias, que foram povoando a região com noras, genros e netos.

Na época, o único médico da cidade era o Dr. Trajano clinico geral, como não havia a ponte que ligava os demais bairros ao Centro da cidade, o atendimento era muito complicado, sendo fundamentais os trabalhos de parteiras, destacando D. Inácia Araújo, mãe do Sr. Francisco Araújo. A casa que sediava a antiga escola Leandro Escobar, deu lugar há uma delegacia, que funcionou por cerca de seis anos. Ali eram realizadas ocorrências que eram encaminhadas à delegacia do centro, não sendo realizadas prisões.

Com o tempo a delegacia foi extinta e a edificação passou a abrigar o posto de saúde, que recebeu reformas recente aumentando a estrutura.
Segundo D. Eurídice, uma das antigas habitantes do bairro, conta que há cerca de 50 anos atrás, as casas eram feitas de estoque (estrutura trançada de madeira revestida de barro, também conhecidas como pau-a-pique), sendo a maioria delas com cobertura de palhas, onde aos poucos foram sendo trocadas por telhas.

A ponte que atravessava o rio, era feita de duas vigas de madeira que a cerca de 35 anos foi substituída por uma de madeira que já podia atravessar carros. A ponte de alvenaria que permitiu a entrada de barcos pouco maiores para o leito do rio Perocão foi inaugurada no dia 19 de Janeiro de 1990.

Segundo o Sr. Romário Reis, a energia elétrica chegou apenas no final da década de 50, mesmo assim em condições precárias, onde para obter energia elétrica, os moradores contavam com a colaboração de um senhor chamado Batista, que montou um motor a óleo que gerava energia para as ruas, que eram desligadas ás 22 horas.

A água era retirada de poços. Como as águas próximas eram salitradas, as mulheres tinham que ir ate a quinta (Santa Mônica) ou em Jabarai, onde havia alguns poços para a atividade, elas também lavavam roupas e esperam secar para não carregarem muito peso. As primeiras manifestações para educarem a população que crescia se deram graças a D. Salinha, que dava aulas em casa. Com o tempo, passou a lecionar em uma escola que funcionava em uma casa, que hoje é o atual posto de saúde. Por volta dos anos 60 em visita em uma do Governador do estado, o mesmo achou pequena a estrutura daquela escola, e construiu a edificação que hoje abriga o colégio Leandro Escobar. O terreno para a construção foi doado pelo Sr. Francisco Araújo, dono de muitas terras da região.

O crescimento da população aumentou a demanda por educação, não apenas do bairro, mas de toda a região norte da cidade, foi construída uma escola de 1° e 2° graus, com uma estrutura que comporta cerca de 1800 alunos. Ela foi inaugurada em 11 de abril de 1998, pelo então prefeito, Paulo Borges, sendo uma conquista da associação de moradores do bairro, e seu nome, “Francisco Araújo” homenageia um dos grandes nomes dessa comunidade sofrida, mas que possui uma linda e rica história de conquistas e transformações.


Obs: Este trabalho foi escolhido pela equipe da escola que participa da gincana do PEV, como o mais qualificado para atender as exigências dessa prova.

PROVA 4 – Reversão de papéis

Durante o Período setembro e Outubro, realizamos uma das duas tarefas de reversão de papeis, onde o professor de Educação Física Rodrigo Miranda, realizou atividades de um servente de pedreiro e pintor no processo de construção da Rádio Francisco Araújo, juntamente com seu pai, desenvolvendo um trabalho exclusivamente voluntário.

O cumprimento da outra parte da reversão de papeis, se deu através de um evento esportivo, na qual realizamos com os alunos de 1ª a 5ª série do turno vespertino, totalizando um quantitativo de 400 alunos.

Nesta tarefa, todos os professores, coordenadores, direção escolar, o Grêmio Estudantil e alguns voluntariados, vivenciaram o desenvolvimento de um profissional de Educação Física na organização e execução de um evento esportivo e no processo de desenvolvimento das atividades.

Esta tarefa foi realizada no dia 23 de outubro, na orla da praia de Santa Mônica, sendo realizadas atividades como pólo aquático, futebol, voleibol, basquetebol, ragby, natação e atletismo, todas as modalidades com regras adaptadas para o desenvolvimento das mesmas. Os alunos no final participaram de uma improvisada aula de ginástica localizada com a professora Cristina de matemática.



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